11/03/2021

1984 por George Orwell

 



Winston Smith, número 6079, ocupa uma função comum no Departamento de Documentação: “retificar” fatos de acordo com as orientações do Ministério da Verdade. E ele não mede esforços em seu objetivo de erradicar, em todos os níveis, quaisquer elementos que ameacem sua existência. A individualidade, o livre-arbítrio, o pensamento crítico, o amor – todos considerados transgressões inadmissíveis – são punidos com o máximo de rigor e severidade.





Nada escapa aos olhos do Grande Irmão, o grande líder do regime, e é por meio de sua vigilância intensiva, cujos “olhos eram capazes de o seguir (…) em moedas, estampas, capas de livros, bandeiras, pôsteres e invólucros de pacotes de cigarro”, que o regime se certifica milimetricamente da soberania de seu poder.

Por outro lado, Winston se sente ávido por conhecer algum tipo de liberdade. Assim, pouco a pouco avança em seus atos de resistência em busca de reavivar sua humanidade, obliterada por décadas da repressão política incidente no mais profundo nível de seus pensamentos e lembranças. Entretanto, para realizar seu desejo ele precisará desviar cuidadosamente de um perigoso campo minado sob o escrutínio do Partido e do Grande Irmão.


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